Movimento dos Focolares
A Vontade de Deus

A Vontade de Deus

Chiara Lubich Coleção Espiritualidade da Unidade Elemento fundamental da vida cristã, a vontade de Deus às vezes é entendida como resignação, tristeza, dever implacável e doloroso, até mesmo limite à liberdade do homem. Na verdade, ela é expressão do amor de Deus por nós, o seu “sim” ao homem. Alimento da alma, ela insere a pessoa na vida do Céu.       Detalhes do Livro •    Publicação: 2011 •    Formato: 14×21 •    Páginas: 136 •    Código de Barras: 9788578210663 •    Edição: 1 edicão. Editora Cidade Nova

A Vontade de Deus

Foi criado o App para o passa-palavra

A partir de hoje, graças à iniciativa de um jovem brasileiro, Guilherme Moura, o passa-palavra chega diretamente ao bolso, por meio de um novo App, que pode ser baixado gratuitamente deste endereço: http://itunes.apple.com/it/app/passa-parola/id478614030?mt=8 Viver o momento presente sem pressa, recomeçar no momento presente, não deixar fugir o momento presente. Ou então: ter no coração a Vontade de Deus no momento presente, identificar-se com a Vontade de Deus, ou ainda, deixar-se purificar pela Palavra, esforçar-se em viver a Palavra sem compromissos… são alguns exemplo dos passa-palavra que nos acompanham já há mais de dez anos. Foi no ano de 2001 que Chiara Lubich, que naquele momento estava na Áustria, comunicou uma  sua experiência, fruto da descoberta da importância de viver o assim chamado “momento presente”, o único que está realmente nas nossas mãos, porque “o passado não existe mais e o futuro deve ainda chegar”. E desde então, dia a dia, um lema, um micropensamento espiritual, uma espécie de concentrado que chama a atenção especialmente ao amor concreto para cada irmão ou irmã que passa ao nosso lado. Podemos considerar isso também uma forma de “Twitteratura”, mensagens breves e sabedoria essencial, como escreveu Antonio Spadaro, num artigo da revista Civilização Católica, de julho de 2010. O Twitter, um site de relacionamento que consente enviar mensagens breves (os twetts, literalmente assobios), com não mais de 140 caracteres, tem justamente a característica da rapidez e – lembra ainda Spadaro – “é a sabedoria da reflexão religiosa que acompanhou, por séculos, o homem ocidental nessa necessidade de sabedoria essencial e extremamente concisa”. No artigo ele cita várias formas, dos haiku japoneses, às antífonas e salmos, até indicar a “Palavra de Vida, idealizada por Chiara Lubich e todas as iniciativas semelhantes, que periodicamente tomam um versículo evangélico para concentrar a atenção do cristão sobre o Evangelho inteiro, mas a partir de um determinado ponto”. O passa-palavra, um tweet ante literam? Talvez, mas certamente um sistema que se casa bem com as novas tecnologias. Esse passa-palavra mundial – são pelo menos 14 as línguas nas quais é traduzido – já navega através de sms, email  e é acompanhado por milhares de pessoas. Com o novo App está disponível na versão para iPhone, iPad, iPod, em várias línguas, como multilínguas é o passa-palavra cotidiano, e está acessível – depois que a mensagem foi baixada – também quando falta a conexão. Passemos palavra!

Maio de 2011

“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!”

Jesus nos ensina também outro modo de amar o Senhor Deus. Para Jesus, amar significou cumprir a vontade do Pai, colocando à disposição o entendimento, o coração, as energias, a própria vida: Ele entregou-se completamente ao projeto que o Pai lhe tinha reservado. O Evangelho nos apresenta Jesus sempre e totalmente voltado para o Pai (Jo 1, 18), sempre no Pai, sempre preocupado em dizer somente aquilo que tinha ouvido do Pai, a cumprir unicamente o que o Pai lhe mandara fazer. Também a nós Ele pede a mesma coisa; amar significa fazer a vontade do Amado, sem meios-termos, com todo o nosso ser: “… com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento”. Porque o amor não é apenas um sentimento. “Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo?” (Lc 6, 46), pergunta Jesus a quem o ama somente com as palavras.

“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!”

Como, então, podemos viver esse mandamento de Jesus? Sem dúvida, mantendo com Deus uma relação filial e de amizade, mas, acima de tudo, fazendo o que Ele quer. Nossa atitude diante de Deus, como a atitude de Jesus, será: estarmos sempre voltados para o Pai, à sua escuta, na obediência, para realizar a obra Dele, somente ela e nada mais.

Nisso nos é solicitado o maior radicalismo, porque não se pode dar a Deus menos do que tudo:  todo o coração, toda a alma, todo o entendimento.  E isso significa fazer bem, integralmente, aquela determinada ação que Ele nos pede.

Para vivermos sua vontade e nos amoldarmos a ela, muitas vezes será necessário queimar nossa vontade, sacrificando tudo o que temos no coração ou na mente, mas que não diz respeito ao momento presente. Pode ser uma ideiaidéia, um sentimento, um pensamento, um desejo, uma lembrança, um objeto, uma pessoa…

Assim nos projetamos unicamente naquilo que devemos fazer no momento presente. Falar, telefonar, escutar, ajudar, estudar, rezar, comer, dormir, viver a vontade Dele sem ficar divagando; realizar ações completas, límpidas, perfeitas, com todo o coração, a alma, o entendimento; ter como único estímulo de cada ação o amor, a ponto de dizer, em cada momento do dia: “Sim, meu Deus, neste nesse instante, nessa ação, eu te amei com todo o coração, com todo o meu ser”. Só assim poderemos dizer que amamos a Deus, que retribuímos o seu “ser Amor para conosco”.

“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!”

Para viver esta Palavra de Vida, será útil nos analisarmos, de tempos em tempos, para ver se Deus realmente ocupa o primeiro lugar em nossa alma.

Para concluir, o que devemos fazer neste mês? Escolher novamente Deus como único ideal, como o tudo de nossa vida, recolocando-o no primeiro lugar, vivendo com perfeição sua vontade, no momento presente. Devemos poder dizer-lhe sinceramente: “Meu Deus e meu tudo”; “Eu te amo”; “Sou inteiramente teu, inteiramente tua”; “És Deus, és meu Deus, o nosso Deus de amor infinito!”

Chiara Lubich