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Sob o lema “Celebrar para encontrar” foi anunciada à imprensa a abertura do centenário de Chiara Lubich no próximo dia 7 de dezembro. Será iniciada em Trento (Itália), com a inauguração da mostra internacional “Chiara Lubich cidade mundo”.

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“Chiara está viva. Está viva na espiritualidade que ela nos doou, na Obra que fundou e na quantidade inumerável dos seus seguidores, espalhados em todos os pontos da Terra”. Com estas palavras, a presidente dos Focolares, Maria Voce, resumiu o espírito com o qual o Movimento no mundo prepara-se para viver o 2020, ano em que se celebra o centenário do nascimento da fundadora.

Chiara Lubich nasceu em 22 de janeiro de 1920 em Trento, cidade “piloto” que hospedará muitos dos eventos do centenário, entre os quais o de abertura oficial, no próximo dia 7 de dezembro com uma mostra internacional nas Galerias de Piedicastello. É uma data com um forte valor simbólico, porque foi em 7 de dezembro de 1943, durante o segundo conflito mundial, que Chiara consagrou-se a Deus, iniciando uma “aventura divina” da sua vida e daquela de milhões de pessoas no mundo.

Durante a coletiva de imprensa realizada em 18 de novembro, junto à sede romana da Sala “Stampa Estera” (imprensa estrangeira), a Presidente explicou que a intenção do ano comemorativo – que tem como lema “Celebrar para encontrar” – não é aquela de recordar Chiara, mas aquela de “encontrá-la” nas suas realizações, nos testemunhos de quem viveu perto dela, na vida das pessoas do Movimento e na sua “mensagem de fraternidade, unidade e comunhão”.

Uma mensagem que ela “viveu em primeira pessoa” estabelecendo relacionamentos “com pessoas muito diferentes por cultura, religião, etnia”, porque era convicta de que “Deus é Pai de todos e, portanto, somos todos irmãos”. Uma mensagem de fraternidade universal que hoje é mais do que nunca atual “por todas as correntes de particularismos e divisões, pelos muros que se erguem, as fronteiras que se procuram construir e que nós ao invés procuramos abater e somos convencidos de que se pode abater”.

“A aventura de mandar os focolarinos no leste europeu foi uma contribuição à queda do muro”, explicou Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egidio – enquanto recorda o 30° da queda do muro de Berlim – que foi muito ligado a Chiara por uma profunda amizade espiritual.

Para Riccardi, Chiara é uma “personagem histórica” com um perfil inédito: “numa história do Cristianismo dos anos 1900 feita em grande parte de homens” e que “às mulheres deixou algum ângulo de mística ou alguma experiência de caridade, Chiara foi uma mulher que fez a história em todos os sentidos: mística, caridade, mas também política, mudança de vida, paixão”. “A Unidade é a cifra com a qual se pode entender a sua existência, a sua busca de paz que é ecumenismo”, acrescentou recordando o seu relacionamento com o Patriarca Ecumênico Atenágoras, para depois afirmar que, precisamente enquanto mulher e mesmo não sendo teóloga, Chiara “entendeu mais do que os técnicos do ecumenismo”.

Neste mundo de divisões e pequenas paixões, que “sofre principalmente pela falta de visão”, afirmou citando São João Paulo II, “Chiara pode ser muito impopular”, mas precisamente a sua visão pode fazer “reflorescer” a humanidade.

O valor profético da mensagem da Lubich foi destacada por Maurizio Gentilini, histórico e pesquisador, autor da biografia “Chiara Lubich, a estrada da unidade entre história e profecia”, que em breve será publicada por Città Nuova Editora. Em relação às aquisições do Magistério da Igreja – observou – Chiara está “em sintonia profunda, com 20 anos em de antecedência, com aquelas que foram as intuições e o espírito do Concílio Vaticano II”. Além disso, “depois de séculos de hermenêuticas abstratas, parece que Chiara deu à trindade um valor empírico porque afirmava que nos somos feitos de relação” e “Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo, criou-nos à própria imagem, imprimindo em nós este desejo de comunhão”. Na época do individualismo e dos choques de civilização, ela assumiu este desejo e “o traduziu na necessidade do diálogo, que se torna o caminho privilegiado para contribuir para compor na fraternidade a família humana”. Na análise de Gentilini, a Lubich antecipou a necessidade de uma Igreja em saída, que encontrou “forte estímulo na Evangelii Gaudium de Papa Francisco”, e propõe o “critério do amor e da misericórdia” como guia à aplicação de todas as leis, que foi “o resumo de Amoris Laetitia”.

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Precisamente a Mostra que abre em Trento, Itália, o rico calendário de eventos nos cinco continentes – promovida pela Fundação Museu Histórico do Trentino e pelo Centro Chiara Lubich – no seu título “Chiara Lubich, Cidade Mundo” conta o nascimento e a difusão da mensagem de fraternidade universal de Chiara, que supera os confins daquela primeira cidade para propagar-se no mundo e alcançar outras culturas, religiões, sensibilidades, mas também aqueles do tempo presente, para se projetar no futuro com renovada intensidade. A escolha do lugar, além disso, é peculiar, explica Giuseppe Ferrandi, diretor da Fundação: trata-se de duas galerias fora de uso feitas de asfalto e cimento armado, construídas no coração de um bairro para dividir a praça da catedral. O encontro deste “lugar de periferia” com Chiara Lubich e a sua mensagem de unidade “é formidável”. No site www.centrochiaralubich.org encontram-se todos os detalhes da Mostra e dos próximos eventos.

Claudia Di Lorenzi

2 Comments

  • Ne ho sentito parlare tanto del movimento dei Focolarini.Chiara Lubich , in particolare,mi ha colpito per il suo messaggio di pace universale.Oggi esso è quanto mai attuale perché bisogna veicolare soprattutto alle nuove generazioni esempi di solidarietà e di tolleranza,nonché di rispetto verso le istituzioni e le leggi che le governano

  • Grazie Chiara .Averti conosciuta mi ha cambiato la vita…Ho capito che ,l’incontro del tuo grande Ideale non è stato per caso ,ma una grazia e un dono Che ,Il Signore ha voluto donarmi

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