No próximo dia 15 de outubro haverá o evento desejado pelo Papa Francisco: agências formadoras, atores sociais, instituições e organizações internacionais se confrontarão para construir alianças por uma humanidade mais fraterna. Falamos disso com Carina Rossa, focolarina, na equipe organizadora.

“Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”. Assim o Papa Francisco na Mensagem para o lançamento do Pacto Global pela Educação: um convite para promover “uma educação mais aberta e inclusiva, capaz de escuta paciente, diálogo construtivo e mútua compreensão”. O Pacto inspira um evento mundial, adiado por causa da pandemia. Um encontro virtual terá lugar a 15 de Outubro às 14h30 (utc+2) em directo nos canais do Youtube do Vaticano News, com tradução simultânea em português, italiano, inglês, francês e espanhol. Falamos disso com Carina Rossa, focolarina argentina, na equipe organizadora do evento:

O Papa nos convida para uma aliança pela educação que produza uma mudança de mentalidade. Como se desdobra este novo pensar?
“O Papa salienta que a educação está na base de todas as mudanças sociais e culturais e nos chama a nos comprometermos neste âmbito. Portanto, a primeira mudança reside em conferir dignidade à educação. Depois, dá à educação uma finalidade, a de “mudar o mundo”, e convida a pensar no estudo como num instrumento para enfrentar os desafios do nosso tempo: paz e cidadania, solidariedade e desenvolvimento, dignidade e direitos humanos, cuidado da casa comum. Além disso, Francisco denuncia que o Pacto entre a família, a escola, a sociedade e a cultura se rompeu e deve ser reconstruído: aqui a mudança de mentalidade envolve as agências formadoras, os atores sociais, as instituições e as organizações internacionais, a fim de que construam alianças para alcançar finalidades comuns e suscitar uma humanidade mais fraterna. Para este objetivo, o Santo Padre sugere uma metodologia em três passos: colocar a pessoa no centro, investir as melhores energias e formar pessoas capazes de se pôr ao serviço”.

Então, em que direção educar os jovens? Quais valores cultivar?
“As novas gerações estão no centro da proposta educativa, porque são as crianças, os adolescentes, os jovens que mudarão o mundo. ‘Homens e mulheres novos’ – é o que se deseja – que estarão ‘unidos na diversidade’, em diálogo constante, a serviço dos valores da paz, da solidariedade e da fraternidade universal, no respeito aos direitos humanos e à dignidade do homem”.

O evento mundial dedicado ao Pacto deveria se realizar no dia 14 de maio, mas por causa da pandemia foi adiado para o dia 15 de outubro e se realizará de forma virtual. A que ponto estamos com a preparação do evento?
“A pandemia nos obrigou a reconsiderar toda a proposta e o encontro marcado de outubro será uma primeira etapa de aproximação do evento mundial que esperamos celebrar mais para a frente com o Papa. A Congregação para a Educação Católica – encarregada pelo Santo Padre para promover o evento – confiou à Escola de Alta Formação EIS da universidade LUMSA a coordenação científica da iniciativa e nesta fase se trabalha para instaurar relações e encaminhar processos: por exemplo, foi constituída uma comissão com as organizações representativas do mundo educativo em nível global. Além disso, estamos reunindo as experiências educativas internacionais a serem publicadas no site do evento, como um Observatório do Pacto Educativo, e as palestras realizadas no decorrer dos encontros preparatórios que comporão uma publicação.

Claudia Di Lorenzi

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