A dor, qualquer dor, é uma realidade que o homem por natureza rejeita e tenta evitar a qualquer custo. No entanto, faz parte da vida humana. Integrá-la à própria existência é um caminho necessário para a sua realização. Chiara Lubich acolheu a dor como um sinal, uma “campainha” que chama ao encontro com Deus.
Eu te encontrei em tantos lugares, Senhor!
Senti teu palpitar no silêncio altíssimo de uma igrejinha alpina,
na penumbra do sacrário de uma catedral vazia,
no respiro unânime de uma multidão, que te ama, e enche as arcadas de tua igreja
de cantos e de amor.
Eu te encontrei na alegria.
Falei contigo além do firmamento estrelado, enquanto à noite, em silêncio, voltava do trabalho para casa.
Procuro-te e tantas vezes te encontro.
Mas, onde sempre te encontro é na dor.
A dor, uma dor qualquer, é como o toque da campainha, que chama a esposa de Deus à oração.
Quando surge a sombra da cruz, a alma se recolhe no sacrário do seu íntimo e, olvidando o tilintar da campainha, te “vê” e contigo fala.
És Tu que me vens visitar.
Sou eu que te respondo: “Eis-me aqui, Senhor, eu te quero, eu te quis”.
E, neste encontro, minha alma não sente a própria dor, mas fica como inebriada do teu amor, repleta de ti, impregnada de ti;
eu em ti, Tu em mim, para que sejamos um.
Depois, reabro os olhos para a vida, para a vida menos verdadeira, divinamente aguerrida, para conduzir a tua batalha.
Chiara Lubich
Chiara Lubich, Eu te encontrei. Ideal e Luz, Editora Cidade Nova – São Paulo, 2003, pag. 98.
Que paradoxo extraordinário. É a dor que mais oportuniza o encontro e a experiência do Senhor.
NO SIM CONTINUO A JESUS ABANDONADO E MARIA DESOLADA encontro a paz e a tranquilidade mesmo nos momentos mais dificeis.
Ricordo tanti anni fa un disco dei miei genitori 45 giri del gen Rosso dal titolo T’ho trovato ( cantata da Mario detto Mariolino) avevo 7/8 anni
Bellissima meditazione grazie
Thank you Chiara for reminding us of Jesus Forshaken the key to unity