Ago 2, 2020 | Sem categoria
No outono italiano, será lançado na RAI UNO, a primeira rede nacional de televisão italiana, o filme sobre Chiara e o início do Movimento dos Focolares. “Uma garota comum pode mudar o mundo somente com a força de seu sonho e sua crença?” – é sob essa perspectiva que o diretor italiano Giacomo Campiotti contará a história de Chiara Lubich, uma professora trentina muito jovem, com pouco mais de vinte anos, que vivia no desconforto e no desespero que os bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial causavam. Sentiu que foi chamada a construir um mundo melhor, um mundo mais unido. Desde então, colocou como meta pessoal construir pontes entre os homens independentemente da raça, nação ou crença religiosa a que pertenciam.
Será um filme biográfico para televisão, a primeira adaptação para TV sobre Chiara Lubich e será focada nos primeiros anos, que vão de 1943 até 1950. É uma coprodução de Rai Fiction e Casanova Multimedia, produzida por Luca Barbareschi. Quem interpretará Chiara será a famosa atriz italiana Cristiana Capotondi; o elenco também contará com Sofia Panizzi e Valentina Ghelfi. As gravações começarão daqui a poucos dias no Trentino e iniciará naqueles “tempos de guerra” em que “tudo desmoronava” e somente Deus permanecia, como contou Chiara mesma em uma das primeiras vezes em que falou sobre o nascimento do Movimento dos Focolares. “Hoje, a força de uma figura como a de Chiara”, afirma o comunicado de imprensa, “nos faz olhar o outro como uma possibilidade, um dom, um portador de uma semente de verdade a ser valorizado e amado, mesmo que esteja distante. A fraternidade universal como pressuposto de diálogo e paz. A mensagem de Chiara não pertence só ao mundo católico e sua figura contribuiu para valorizar a mulher e seu papel também e sobretudo fora da instituição eclesiástica”. Portanto, mostrará os primeiros anos, aqueles de fundação, nos quais Chiara compreende a estrada que Deus pede que ela siga e começa a percorrê-la, seguida sempre por um grupo cada vez mais numeroso de pessoas que, partindo da Itália, percorrerão os caminhos do mundo inteiro. Mas também será uma viagem para dentro do contexto histórico, social e eclesiástico em que Chiara estava – ou seja, aquele da Segunda Guerra Mundial, dos primeiros anos do pós-guerra e dos burburinhos pré-concílio que agitariam o catolicismo. O diretor e os autores também têm o desejo de mostrar “a moça revolucionária que compartilha tudo com quem precisa”, conforme se lê na notizia ANSA do último dia 27 de julho. “Como lê o evangelho sem a presença de um sacerdote, torna-se tão perigosa para a sociedade da época que é obrigada a prestar contas da sua obra ao Santo Ofício e passa pela prova mais difícil de sua vida quando lhe é pedido que deixe de conduzir o Movimento dos Focolares. Mas não é possível parar os efeitos da pedra jogada no rio e os círculos formados ficavam cada vez maiores, então, quando anos mais tarde Paulo VI a restabelece, o Movimento dos Focolares já estava difundido em todo o mundo.”
Stefania Tanesini
Ago 1, 2020 | Sem categoria
Voltemos a Loppiano, ao Instituto Universitário Sophia, um centro acadêmico inovador e incubador de novos conceitos e práticas de diálogo entre diferentes crenças. By Anna Lisa Innocenti and Lorenzo Giovanetti. https://vimeo.com/430380122
Jul 31, 2020 | Sem categoria
Empresas em grave crise, milhares de empregos perdidos: a fase de fechamento atingiu duramente a economia européia. Apesar disso, muitos empresários não estão desistindo. Andrea Cruciani, italiano, questionou-se sobre como cuidar de seus funcionários.
De que modo os empresários passaram pela fase de lockdown de emergência por causa da Covid-19? Falamos sobre isso com Andrea Cruciani, CEO da di TeamDev e Agricolus, empresas italianas e start-ups ligadas ao projeto para uma Economia de Comunhão (EdC). Como vocês viveram essa fase de lockdown? “Antes do fechamento, não tivemos problemas. A TeamDev vem crescendo 20% ao ano, há 12 anos, e empregamos cerca de cinquenta pessoas. Em meados de fevereiro, tínhamos feito algumas operações para antecipar os custos no banco, mas com o bloqueio chegamos no final de março e não tínhamos mais nenhuma liquidez. Foi a primeira vez que me vi sem dinheiro e sem alternativas. Tivemos que optar pelo fundo de despedimento e lamento porque sempre investimos com especial atenção no bem-estar corporativo. Assim, nos deparamos com alguns funcionários assustados e sem confiança em nós. Para mim, perder a confiança mesmo que fosse de um único funcionário era um grande sofrimento.
Lentamente, tentamos encontrar uma solução para as necessidades de todos e, assim que o dinheiro entrou nos cofres da empresa, conseguimos complementar o fundo de despedimentos pagando aos funcionários através de um prêmio, chamado “prêmio Covid”. No final, pudemos dar o mesmo salário a todos. Eles entenderam que não havia má fé de nossa parte”. O que esta experiência lhe ensinou? “Conheci a fragilidade em construir uma relação autêntica com os funcionários e associados. É muito importante construir uma relação autêntica, baseada na confiança. Ficamos surpresos com a reação de alguns deles, que arrancaram suas melhores energias para contribuir para o bem comum. Este período trouxe à tona a mais verdadeira humanidade nas relações”. Que conselho você daria a outros empresários para cuidar dos recursos humanos? “Deixem-me contar-lhes uma história. Há três anos, eu queria promover um funcionário, confiando-lhe uma filial da empresa. Mas esta pessoa não aguentou e, depois de um tempo, mudou de emprego. Naquela ocasião, percebi que o que eu espero da vida para mim não é o que os outros esperam. Ele nem se importava em receber um aumento de salário, mas não queria ter essa carga psicológica. Depois dessa experiência, começamos a colocar em prática algumas ferramentas mais eficazes”. O que você quer dizer com isso? “Antes de tudo, fizemos um treinamento com um técnico, para que nos ajudasse a manter um espírito comum entre todos. Então, começamos a melhorar o ambiente de trabalho com coisas simples como conseguir frutas frescas para o lanche, ou conseguir frutas da estação das hortas da Caritas para que todos pudessem levar para casa (sem custo) o que precisassem. Também ativamos uma previdência social integrativa, mesmo que durante vários anos já tivéssemos iniciado uma pensão complementar, e várias outras ferramentas, como horários flexíveis para atender as famílias… Parece-nos a melhor maneira de cuidar das pessoas que trabalham para nossas empresas. Assim, procuramos garantir o crescimento de cada pessoa, para que possa dar o melhor de si”. Como você vê o futuro da economia em geral? “Vejo um futuro onde será cada vez mais necessário ler o momento presente e ser capaz de dar chaves de leitura para o futuro também. Para nós empresários da EdC, Chiara Lubich foi uma profeta, porque ela nos ensinou como cuidar dos funcionários e das empresas. Algumas coisas que ela nos disse agora já estão previstas por lei, mas para muitas outras a lei não é necessária, porque é uma questão de consciência e de amor.
Lorenzo Russo
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Jul 29, 2020 | Sem categoria
“Sejam uma família – foi o convite de Chiara Lubich se dirigindo a pessoas desejosas de viver a Palavra de Deus –. E nos lugares aonde forem para levar o ideal de Cristo, (…) nada farão de melhor do que procurar criar com discrição, com prudência, mas decisão, o espírito de família. Ele é um espírito humilde, que deseja o bem dos outros, não se ostenta… é (…) a caridade verdadeira”[1]. O novo diretor No seu “discurso programático” o novo diretor falou da empresa como de uma família na qual todos éramos corresponsáveis. O clima entre nós era superficial e cordial… mas nas primeiras dificuldades, talvez por inexperiência, ele se rodeou de alguns fidelíssimos e nas decisões excluía praticamente todos os outros. Tomei coragem e, por amor a ele e aos dependentes, um dia fui à direção lhe perguntar quais preocupações o estavam oprimindo. Parecia outra persona em relação ao início, como alguém que visse somente inimigos. Será que tínhamos feito algo contra ele que o impelia a agir assim? Não respondeu e me dispensou se justificando com um compromisso urgente. Alguns dias depois, me chamou e, se desculpando, me confidenciou que se sentia incapaz de apoiar uma solidariedade que lhe fazia escapar tudo das mãos. Pediu a minha ajuda. Eu o convenci a se abrir com todos nós, perguntando se realmente queríamos fazer parte do seu projeto. Foi um momento de grande consonância. Algo começou a mudar. (H.G. – Hungria) Nos correios No início do coronavírus, fui aos correios para expedir um pacote. Na fila para as pensões, uma senhora idosa com máscara, acometida por um mal-estar, caiu no chão. Corri até ela, mas não tive força para a levantar. Quando pedi ajuda, notei nos outros uma certa hesitação: só um rapaz cheio de tatuagens, que tinha assistido à cena fora dos correios, respondeu. Ao fazer a senhora se sentar, que com exceção de algumas dores pela queda tinha se recuperado, pedi ao rapaz que a ajudasse a resolver o que devia fazer, enquanto eu expedia o meu pacote. Ele não só me ajudou depois a fazer com que ela entrasse no carro, mas quis vir conosco até a casa da senhora. Como ela tinha o aparelho, lhe medi a pressão. Quando saímos à rua, o rapaz me disse: “Eu estava rindo com os amigos por ver como se comportam as pessoas levadas pelo medo. O que a senhora fez é grande”. Após alguns dias, quis fazer uma visita à idosa. Fiquei surpresa e até comovida ao saber por ela que aquele rapaz tinha lhe trazido uns biscoitos preparados pela sua mãe. (U.R. – Itália) Curar o passado Que pena! Era uma colega competente no seu trabalho, mas afligia os outros com o seu pessimismo. Entre outras coisas, a sua inveja não só para comigo, mas para com os outros e as outras colegas, a induzia a falar sempre mal de todos. Como consequência, com uma desculpa ou outra, ninguém queria trabalhar com ela. O que fazer? Deixar que as coisas fossem em frente assim, no meio do mal-estar comum? Por ocasião do seu aniversário, tive uma ideia: organizar no escritório uma coleta para lhe dar um presente. Quando a chamamos para comemorar com doces que trouxemos de casa, desenhos feitos para ela pelos filhos das colegas, uma bonita bolsa como presente, estava comovida e incrédula. Durante dias não pronunciou uma palavra. Ela nos olhava como um pássaro ferido. Depois, lentamente, começou a me falar da sua infância, dos seus amores equivocados, das divisões em família… Nós nos tornamos amigas. Agora frequenta a nossa casa e ajuda os meus filhos com a matemática e com o inglês. Já é alguém da família. Parece que inclusive o seu passado esteja se curando. (G.R. – Itália)
organizado por Stefania Tanesini
(tirado de Il Vangelo del Giorno, Città Nuova, ano VI, n.4, julho-agosto de 2020) [1] C. Lubich, in Gen’s, 30 (2000/2), p. 42.
Jul 27, 2020 | Sem categoria
Todos nós sofremos por causa do coronavírus e muitos ainda estão sofrendo. O sofrimento que essa pandemia nos causa se apresenta em vários aspectos e poderíamos desanimar se Jesus não viesse em nosso auxílio. De fato, sabemos como Ele, que é o próprio Deus feito homem, viveu todos os sofrimentos e, por esse motivo, pode estar perto de nós e nos amparar. (…) Podemos considerar a vida como uma corrida de obstáculos. E quais são esses obstáculos? Como podem ser definidos? É sempre uma grande descoberta para nós ver que, para cada sofrimento ou provação da vida, podemos dar um nome: Jesus Abandonado. Estamos tomados pelo medo? Será que Jesus na cruz, no seu abandono, não parece transpassado pelo medo de que o Pai tivesse se esquecido dele? Um dos obstáculos que podemos encontrar diante de certas provações da vida é o desalento, o desânimo. Jesus no abandono parece imerso pela impressão de que, na sua divina paixão, lhe falta o conforto do Pai e parece estar perdendo a coragem de chegar até o fim de sua dolorosíssima provação. Mas em seguida acrescenta: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”[1]. Às vezes as circunstâncias nos deixam desorientados? Jesus, naquele tremendo sofrimento, parece não entender o que lhe está acontecendo, tanto que grita: “Por quê?”[2]. Alguém nos contradiz? Por acaso, no abandono, não parece que o Pai desaprova a conduta do Filho? Somos censurados ou acusados? Jesus na cruz, no seu abandono, não teve também a impressão de receber uma censura ou uma acusação, até mesmo do Céu? E mesmo diante de certas provações da vida que parecem ser implacáveis, não se chega até mesmo a dizer com desânimo: “Isto é demais”, “isto já passou dos limites”? Jesus, no abandono, bebeu um cálice amargo, não apenas cheio, mas transbordante. A sua foi uma provação que ultrapassou todas as medidas. E quando uma desilusão nos atinge ou somos feridos por um trauma, por uma desgraça imprevista, por uma doença, ou por uma situação absurda, podemos sempre nos lembrar do sofrimento de Jesus Abandonado que viveu pessoalmente estas, e ainda uma infinidade de outras provações. Sim, Ele está presente em tudo aquilo que tem sabor de sofrimento. Toda dor é um nome de Jesus Abandonado. Costuma-se dizer que quando se ama alguém, chama-se a pessoa amada pelo nome. E nós decidimos amar Jesus abandonado, e para melhor amá-lo, procuraremos nos acostumar a chamá-lo pelo nome nas provações da nossa vida. Diremos: Jesus abandonado-solidão, Jesus abandonado-dúvida, Jesus abandonado-mágoa, Jesus abandonado-provação, Jesus abandonado-desolação, e assim por diante. E chamando-o pelo nome, ele se sentirá descoberto e reconhecido em cada dor, e nos responderá com mais amor. Abraçando-o, Ele se tornará para nós a nossa paz, o nosso conforto, a coragem, o equilíbrio, a saúde, a vitória. Será a explicação para tudo e a solução de tudo. Esforcemo-nos, então (…) em chamar pelo nome Jesus abandonado a cada obstáculo que encontramos na vida. Nós os superaremos com maior rapidez e a corrida da nossa existência não conhecerá interrupções.
Chiara Lubich
(em uma conexão telefônica, Mollens, 28 de agosto de 1986) Tratto da: “Chiamarlo per nome”, in: Chiara Lubich, Conversazioni in collegamento telefonico, Città Nuova Ed., 2019, pag. 250. [1] Lc 23, 46. [2] Cf. Mt 27, 46; Mc 15, 34.
Jul 25, 2020 | Sem categoria
Chiara Lubich e o diálogo inter-religioso, um caminho para dar uma alma à globalização. https://vimeo.com/429999511